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O Sacrifício no Mundo Antigo​

O Sacrifício no Mundo Antigo​

O Sacrifício no Mundo Antigo​

Poucos temas despertam tamanha inquietação no espírito do homem moderno quanto a prática do sacrifício. Especialmente no que se refere ao sacrifício humano, a ideia de um homicídio como forma de aproximar o homem do divino suscita, na maioria das vezes, sentimentos apaixonados que transitam entre a aversão, a repugnância e a indignação, dada a premissa de que, para as sociedades atuais, o sacrifício é um ato moralmente condenável. Mas não foi assim no passado. Nem no presente, se considerarmos que, para além do próprio ato do sacrifício, sua ideia encontra-se em grande parte das religiões da humanidade, incluindo a tradição clássica (greco-romana) – fundamento da civilização ocidental – e a judaico-cristã, que está na base da religiosidade ocidental. Em Roma e na Grécia Antiga, o boi era a vítima ideal para os sacrifícios sangrentos, mas há evidências cada vez mais concretas de sacrifícios humanos nestas sociedades. Por outro lado, ao bode expiatório pago pela purificação dos antigos hebreus vem juntar-se o próprio Cristo, oferecido em sacrifício como o “cordeiro de Deus” para expiar e salvar a humanidade, segundo a religião cristã. À primeira vista, a suposta linha que separa a barbárie do mundo civilizado não é tão definida quanto se pensa. A verdade é que o sacrifício não é um simples ato de crueldade, mas sim uma das formas mais eficazes de ordenação do universo social e de satisfação de certas aspirações que vão além dos limites “ordinários” da existência humana e que se manifestam basicamente por meio da experiência religiosa